quarta-feira, 29 de julho de 2015

Cleópatra VII, a última rainha do Egito

(Ilustração  de Cleópatra VII - Fonte desconhecida)
Sabe aquela Cleópatra dos filmes que você assistiu? Aquela de pele branquinha e olhos azuis? Então, trate de esquecer essa imagem porque ela nunca existiu. Estudos recentes já provaram que a grande Cleópatra VII tinha aparência mulata e olhos escuros, sendo assim, essa imagem branquela com a qual nos acostumamos não passa de uma ilusão cinematográfica.

Não só a aparência dela vem sendo estudada, mas também outros fatores de sua vida pessoal. As descobertas não param e realmente chamam muito a atenção. Por exemplo, a bela rainha egípcia não era do Egito. Isso mesmo, você não leu errado. A poderosíssima nasceu em terras egípcias, só que na verdade sua família era grega com descendência macedônica de Ptolomeu, general de Alexandre, o Grande.

Quando o assunto eram generais, por acaso, a bela rainha tinha experiência. Nem mesmo os homens mais poderosos de Roma resistiram a sua inteligência, conversa cativante, voz adocicada e carisma encantador. Tanto que ela teve um filho de Júlio Cezar e, mais tarde, se tornou amante de Marco Antônio durante uma paixão avassaladora que se manteve por mais de dez anos.

Sua vida já foi retratada em mais de 77 peças de teatro, 45 óperas e cinco balés. Em todas as obras a beleza de Cleópatra é ressaltada, mas a verdade é que nunca foi encontrada uma representação confiável da rainha e por isso não sabemos como realmente era sua aparência. Poucas obras de arte produzidas enquanto ela estava viva possuem o seu nome como referência.

Em 51 a.C, quando Cleópatra VII chegou ao trono do Egito, ela possuía apenas 18 anos de idade e tinha a missão de manter sua família no poder numa época em que seus familiares vinham perdendo sua força política. A estratégia adotada pela jovem rainha foi garantir navios e cereais para os romanos se tornando útil e querida para eles.

A grande ideia de se aliar a Roma comprovou que Cleópatra honrava a tradição de seus familiares ptolomeus, famosos por se manterem exuberantes no poder através da astúcia, derramamento de sangue, relações sexuais entre parentes próximos e assassinatos dos próprios pais. Ela era a herdeira de uma família grega que governou o Egito por quase 300 anos exibindo sua riqueza a todo custo.

O diferencial de Cleópatra é que foi a única de sua família que se preocupou em aprender o idioma egípcio e ousou se vestir com os trajes sagrados de uma das maiores rainhas egípcias. Ísis. Entretanto, essa aproximação com o povo egípcio era apenas uma de suas artimanhas de governante, pois ela não se preocupava com o povo do Egito, tanto que testava poções venenosas em prisioneiros.

Quando as tropas de Otaviano invadiram a cidade egípcia de Alexandria em 30 a.C, Cleópatra não fez questão de defender seu povo. Ao invés disso, ela se trancou em seu mausoléu junto com montanhas de ouro, prata, pérolas, obras de arte e tesouros que ela jurou queimar para que não fossem conquistadas pelo imperador romano.

Para se prevenir da prisão e da humilhação de perder seu trono, Cleópatra VII decidiu se suicidar com a picada de uma víbora venenosa. A partir deste momento ninguém conseguiu localizar o corpo da poderosa rainha. Atualmente  muitos arqueólogos dedicam suas vidas a procurar o sarcófago da última rainha do Egito, que provou sua esperteza até mesmo na hora da morte.

Se você gostou de conhecer um pouquinho melhor a história dessa grande rainha, por favor, compartilhe esse link com seus colegas e realizem novas pesquisas sobre Cleópatra VII. Tenho certeza que ainda há muita coisa para descobrirmos juntos. Poste sua opinião nos comentários abaixo para tentarmos desvendar quem realmente foi essa mulher impressionante.
Aguardo suas colocações, até mais!

terça-feira, 21 de julho de 2015

Dinos, como entender esses grandalhões?

(Ilustração - Fonte desconhecida)
Os dinossauros surgiram há cerca de 248 e 208 milhões de anos atrás durante o período Triássico e se tornaram os animais mais poderosos da terra durante o Jurássico e o Cretáceo até serem extintos por volta de 65,5 milhões de anos atrás. Acredita-se que nessa época um asteroide caiu na região do México causando uma explosão gigantesca que matou 90% dos seres vivos e criou nuvens que cobriram o sol por mais de dez anos.

Eles provocam muita curiosidade a cada nova descoberta, ossos e pegadas são encontrados todo o tempo revelando animais de todos os tipos. É praticamente impossível calcular, mas o fato é que já foram encontradas cerca de 300 gêneros e 1270 espécies diferentes de dinossauros mundo a fora. Para facilitar a compreensão do público eles são classificados conforme seus hábitos e características:
  • Carnívoros: se alimentavam somente de carne. Eram a minoria, menores e mais leves, viviam em torno de 20 e 30 anos;
  • Herbívoros: se alimentavam somente de vegetais. Eram a maioria, maiores e mais pesados, viviam em torno de 80 anos;
  • Onívoros: se alimentavam de carne e vegetais;
  • Bípedes: se locomovem usando somente as patas traseiras;
  • Quadrúpedes: se locomovem usando as quatro patas;
  • Anquilosaurídeos: possuem uma blindagem natural para proteção, como as atuais tartarugas;
  • Ceratopsídeos: possuem placa óssea sobre a cabeça e chifres usados para defesa, reconhecimento e conquista de fêmeas;
  • Prossaurópodes: herbívoros de pescoço curto que, em certos casos, eram bípedes;
  • Saurópodes: quadrúpedes herbívoros de longo pescoço, tinham grande peso e tamanho;
  • Terópodes: família de carnívoros que usavam a pata traseira para impulso e apoio durante a caça, deram origem ao grupo das aves e por isso suas patas são familiares pra nós;
  • Ornitisquianos: tinham quadril de ave, eram todos os herbívoros;
  • Saurisquianos: tinham quadril de lagarto, eram todos os carnívoros e alguns herbívoros;
A palavra "dinossauro" significa lagarto terrível. Ela foi criada em 1842 por Richard Owen e foi baseada na aparência desses animais fascinantes e até mesmo esquisitos que dominaram a terra por mais de 160 milhões de anos. Enquanto viveram os dinos tiveram de conviver com répteis aquáticos gigantescos que se pareciam muito com eles, mas não eram tão desenvolvidos. Vale lembrar que ainda não existiam mamutes, muito menos humanos como as crianças costumam imaginar.

Mas esses grandalhões viveram em um mundo muito diferente do nosso. Quando eles surgiram o planeta era formado por um único continente conhecido como Pangeia aonde o clima e a vegetação eram pouco parecidos com os de hoje. Como os dinossauros migravam em busca de alimento, se espalharam pelo mundo todo e tiveram que adaptar o seu corpo ao meio ambiente encontrado para que pudessem sobreviver, isso explica porque tinham corpos tão diferentes uns dos outros.

A aparência dos dinossauros foi seu grande diferencial. Acabaram classificados como uma superordem dos répteis pelo fato de respiraram em terra, se originarem a partir de ovos e possuírem escamas, placas e pele impermeável. Entretanto possuem uma característica extremamente particular, eles não rastejavam como todos os répteis por causa da evolução de seus tornozelos. Além disso alguns deles possuíam bacia e penas de aves. Seus corpos realmente eram especiais.

Como sistema de reconhecimento é muito provável que os dinossauros emitissem sons parecidos com os de sirenes e estalassem as caudas. No caso do acasalamento realizavam danças que atraíam as fêmeas, exatamente como os pássaros fazem hoje. E as semelhanças com os pássaros se estende até os ovos que eram bastante duros e que, na maioria das vezes, eram abrigados em ninhos cuidadosamente preparados.

Foram encontrados ovos de todos os tamanhos e formatos, mas basicamente a maioria deles pesava o equivalente a uma bola de boliche. A variedade de espécies encontradas dificulta a escolha do nome adequado para cada uma delas. Geralmente o nome escolhido tem origem grega ou latina, mas muitos deles receberam nomes em homenagem ao seu descobridor ou ao local em que foram encontrados. Outros foram nomeados com inspiração em seu tamanho, comportamento ou aparência.

Nomear não é um grande problema quando comparado ao trabalho necessário para desenterrar esses animais. A tarefa tem que ser realizada com calma e muito cuidado. Primeiramente os ossos são levados para um laboratório aonde serão retirados das rochas com a ajuda de talhadeiras, furadeiras, martelos ou ácido. Em seguida, se ainda houver areia e restos de rochas, eles são removidos delicadamente com a ajuda de pequenos pincéis.

Para ficaram fortes os ossos recebem uma camada de cola e depois são cobertos por uma bandagem de gesso ou pedaços de espuma para se manterem protegidos durante a viagem até um museu. Chegando lá os funcionários unem os ossos com arames e colocam o esqueleto completo em uma armação de metal para ser exposto ao público. Caso faltem alguns ossos do esqueleto, o que é bastante comum, eles são produzidos em gesso ou plástico.

As informações que possuímos sobre as espécies de dinossauros não são obtidas somente através dos ossos encontrados, mas sim dos fósseis em geral que nos fornecem vestígios de seres vivos. Os fósseis podem ser tecidos petrificados, moldes de pegadas e restos de animais dissolvidos, ou até mesmo animais e plantas conservados em seiva, resina, turfeiras ou poços de piche. Descobrir um fóssil é como achar uma agulha num palheiro e por isso é tão especial.

Visitantes dos museus não entendem muita coisa ao olhar para os fósseis, mas os cientistas sabem a localização de cada osso, a maneira como o dinossauro se movia e a velocidade que alcançavam só em olhar para as marcas existentes nos fósseis. Aliás, a velocidade dos dinossauros sempre foi um diferencial e graças a ela conseguiram diminuir drasticamente a população de répteis mamíferos que conviveram com eles e só conseguiram se desenvolver após sua extinção.

A velocidade dos dinossauros podia chegar a 64 km/h e dependia de um dispositivo muito importante nesses animais terrestres, a cauda. Dinos bípedes e ágeis dependiam dela para se equilibrar durante a corrida, ao mesmo tempo os quadrúpedes e herbívoros a utilizavam como um chicote de defesa, já os saurópodes precisavam dela para equilibrar seu peso e tamanho, sobretudo as espécies que a usavam como apoio para se empinar nas patas traseiras e alcançar seu alimento no topo das árvores.

Os dentes dos dinossauros também tinham diferentes funções, alguns eram menores e mais afiados que os dos humanos, muitos eram enormes como no caso dos carnívoros, outros eram usados como ganchos para pegar suas presas ou como serrilha para cortar facilmente os pedaços de carne. O fato é que eles não paravam de crescer e eram constantemente substituídos. Inclusive os dinos que não tinham dentes muito eficientes engoliam pedras que ajudavam a mastigação.

As patas de grande maioria dos dinossauros possuíam apenas três dedos, alguns perderam dedos durante o processo de evolução e outros tinham dedos que não alcançavam o chão como indicam as pegadas encontradas. O formato das pegadas revela de que dinossauro se trata e qual era o seu tamanho. Além disso o espaço entre elas deixa claro a velocidade em que se movia e se costumava andar sozinho ou em manadas.

Esses grandalhões ainda vão nos causar muita curiosidade, afinal as descobertas não param. A todo momento novas espécies são descobertas a partir de algumas evidências que podem ter pertencido a um único animal que vai sofrer uma série de investigações até ser bem compreendido. Então não podemos parar de pesquisar novas publicações sobre o tema, principalmente agora que você chegou ao fim desse texto e já compreendeu o básico sobre esses animais tão fascinantes.

Deixe sua opinião aqui em baixo, quem sabe descobriremos juntos novos fatos sobre os dinos ein?! Espero por você!