sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Exposição: Destino Negro

(Acervo pessoal)
O fim da escravidão brasileira gerou um impacto social inenarrável. Passado mais de um século da assinatura da Lei Áurea, a maioria da população negra do Brasil ainda não conseguiu superar a marginalidade na qual foi lançada quando receberam sua liberdade sem nenhum tipo de apoio governamental.

Quando saíram das casas de seus senhores, os ex-escravos simplesmente não tinham para onde ir e as medidas que encontraram para sobreviver foram as piores possíveis graças a sociedade racista que continuava pregando a inferioridade da pele negra postulando que os portadores desta cor na verdade eram descendentes de Caim e que por esse motivo não eram dignos de receber ajuda alguma.

A realidade era muito dura, cada um deles deveria aprender a viver da maneira que encontrasse. Alguns se lançaram ao sonho de tentar encontrar um Quilombo aonde morar, outros se lançaram no mundo da mendicância, alcoolismo, assaltos e prostituição. Houve os que sequer ousaram sair de onde estavam e passaram o restante de sua vida trabalhando de graça em troca de comida, teto e proteção. Entretanto, os mais ousados decidiram construir seus lares na ponta de morros com o material que encontrassem pelo caminho, originando as primeiras favelas brasileiras.

Confira as pequenas histórias em quadrinhos confeccionadas individualmente pelos alunos dos oitavos anos. Durante a leitura você compreenderá um pouco melhor a dificuldade que as famílias negras brasileiras sofrem atualmente, afinal suas moradias surgiram da forma mais precária possível. Clique nas imagens para ampliar os quadrinhos e aproveite esse momento para refletir sobre a marginalidade existente em nosso país:

(História em quadrinhos por Éverton dos Santos - 8ºIII/2014)

(História em quadrinhos por Djenyffer dos Santos de Souza - 8ºII/2014)

(História em quadrinhos por Nathan Duarte - 8ºII/2014)

(História em quadrinhos por Caio Leandro da Silva de Oliveira - 8ºII/2014)


(História em quadrinhos por Leila Bruna Dal Santo - 8ºII/2014)

(História em quadrinhos por Melkezedek Rodrigues Lolatto - 8ºI/2014)

(História em quadrinhos por Ana Carolina Ferreira Aurélio - 8ºI/2014)

(História em quadrinhos por Jamille Custodio Goll - 8ºI/2014)

(História em quadrinhos por Eduarda Eloiza da Cunha Poli - 8ºI/2014)

(História em quadrinhos por Julio Sebastião Durkop Junior - 8ºI/2014)

(História em quadrinhos por Enzo Vinícius Machado - 8ºI/2014)

(História em quadrinhos por Adrilaine de Souza - 8ºIII/2014)

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A Mitologia Grega

É um conjunto de histórias orais sobre criaturas míticas (Titãs, Gigantes, Deuses, Heróis, Divindades ou Monstros) que surgiu da mania grega de tentar entender o mundo ao seu redor. Por se tratar de histórias que passam de geração para geração, é comum que elas sofram pequenas mudanças como no surgimento, no formato do corpo, nas características ou na morte de cada um desses seres, mas nada que prejudique a verdadeira função dos mitos: explicar algo da natureza ou do cotidiano. É importante lembrar que nenhuma história foi comprovada, mas para os gregos elas eram verdades absolutas que explicavam as coisas que lhe rodeavam.

Os gregos acreditavam que o mundo e tudo que existia nele teriam surgido da explosão de uma nuvem de fumaça chamada Caos. Dessa explosão surgiram os elementos básicos da vida: Gaia (terra), Tártaro (mundo interior), Eros (amor), Érebo (escuridão) e  Nix (noite). Mais tarde esses elementos começaram a ter relações que originaram todos os seres do mundo. Abaixo estão os principais mitos gregos separados em categorias para facilitar a compreensão:

1) Os Monstros
Seres do mal, filhos do gigante Tifão com Equidna:

Cérbero

Era um cão monstruoso de três cabeças com uma cauda de serpente. Ele guardava a entrada do mundo de Hades (dos mortos) e permitia a entrada de todos, mas não deixava que ninguém saísse do local. Foi morto durante o décimo trabalho de Héracles.

Ortro
(Ilustração produzida por Maicon G. T. dos Santos - 6ºV/2014)
Era um cão de duas cabeças. Foi o mascote de Gerião (um gigante de três corpos) e o ajudava a cuidar de um enorme rebanho de bois. Foi morto por Héracles em um de seus doze trabalhos, quando o herói deveria capturar os bois do gigante.

Quimera
Era uma figura com a aparência híbrida de dois ou mais animais e com capacidade de lançar fogo pelas narinas. Era representada de diferentes maneiras, mas geralmente era uma mistura das imagens de leão, cabra, serpente e dragão.

Hidra de Lerna
(Ilustração produzida por Eduardo Soares Martini - 6ºIV/2014)
Era um dragão com várias cabeças de serpente e uma delas era imortal. Seu sangue e hálito eram venenosos. Se suas cabeças fossem cortadas, elas voltavam a nascer. Era um dos doze trabalhos de Hércules, que a matou ao cortar e queimar suas cabeças. Ela representa nosso monstro interior de futilidades e ostentações que, se não for dominado, continua crescendo cada vez mais, assim como as cabeças de serpente.

Éthon
Era uma águia (ou abutre) comandada por Zeus que a mandava toda noite ao monte Cáucaso para devorar o fígado de Prometeu (seu aliado traidor) que se reconstituía toda noite pelo fato dele ser um deus imortal.

Dragões
(Ilustração produzida por Arthur - 6ºII/2014)
Eram animais de grandes dimensões com aparência de réptil que muitas vezes possuíam asas, plumas, poderes mágicos e hálito de fogo. A mitologia grega está repleta de diferentes dragões, um deles era Ládon (servo de Hera e guardião das maçãs de ouro que foi derrotado por Héracles).

2) As Divindades Femininas
Geralmente eram relacionadas á boas qualidades como preocupação, proteção e beleza. Mas muitas vezes simbolizavam o poder feminino de sedução, de amor obsessivo e traição:

Équidna
(Ilustração produzida por Emily Gonçalves - 6ºIV/2014)
A mãe dos Monstros tinha metade do corpo de serpente e a outra metade de mulher. Alguns mitos dizem que ela era filha dos titãs Fórcis e Ceto. Mas outros afirmam que ela foi gerada por Tártaro e Gaia. Uma certeza é a de Équidna e Tifão fizeram amor e daí nasceu uma legião de monstros: Cérbero, Ortro, Quimera , Hidra, Ethos e alguns dragões como Ládon. A parte superior de Équidna representa o que mostramos ao mundo: beleza e sedução. Já a parte inferior simboliza o que todos nós sabemos que possuímos, mas disfarçamos: a crueldade.

Gréias (Fórcidas)
(Ilustração produzida por Michel Cardoso - 6ºVI/2014)
Eram três irmãs (Ênio, Péfredo e Dino) que tinham apenas um dente e um olho que compartilhavam. Suas funções eram a de servir como guardiãs das Górgonas. Tinham os cabelos grisalhos desde o nascimento quando pediram aos deuses a vida eterna, mas esqueceram de pedir juventude eterna, daí vem o nome Gréias (grisalhas). Perseu roubou o olho e o dente delas, ele só os devolveu quando elas lhe deram informações que o ajudaram a encontrar e matar Medusa. As Gréias representavam a necessidade do autoconhecimento sem críticas em busca do otimismo.

Górgonas
(Ilustração produzida por Lyandra Batista - 7ºIII/2014)
Eram três irmãs de rara beleza: Medusa, Esteno e Euríale. Mas, certa vez, as três ousaram dizer que eram mais bonitas do que as deusas que as puniram com dentes de javali e longos cabelos de víboras venenosas. A partir de então quem as olhasse viraria pedra. Eram irmãs de Équidna e das Gréias e representam a vaidade feminina.

Ninfas (Ocêanides)
(Ilustração produzida por Leticia Fernandes de Souza - 6ºI/2014)
As ninfas eram espíritos habitantes dos lagos, riachos, bosques, florestas e montanhas. Tinham aparência de fadas sem asas, eram leves e delicadas. Eram filhas de deuses e demonstravam a graça, a criatividade e a fertilidade da natureza. Se classificavam em: Epigéias(ninfas da terra), Efidríades(ninfas das águas), Náiades(ninfas da água doce), Musas(ninfas das artes) e as Filhas de Pã (as Perimélides, as Epimélides e as Trías).

Sereias
(Ilustração produzida por Gislaine Camargo Fochezatto - 6ºIV/2014)
Eram seres com corpo de pássaro e rosto de mulher que cantavam para atrair os marinheiros com a intenção de naufragá-los contra os rochedos da ilha de Capri. Ulisses   foi o único que ouviu seu canto e viveu para contar a história, pois ordenou que seus companheiros o amarrassem ao mastro do navio e tapassem os ouvidos com cera. Elas representavam o poder de  sedução feminina e explicavam os constantes sumiços de barcos nos mares gregos.

Nereidas
(Ilustração produzida por Éllen Cristina Ouriques - 6ºII/2014)
Eram 50 ou 100 filhas de Nereu veneradas como ninfas do mar por gentis e estarem sempre prontas a ajudar os marinheiros em perigo. Eram muito belas e costumavam dominar os corações dos homens. Eram representadas com longos cabelos entrelaçados com pérolas. Cavalgavam em golfinhos ou cavalos-marinhos e algumas vezes eram retratadas como metade mulher e metade peixe.  Representam o movimento vital das ondas do mar que renovam e estabilizam a natureza.

Caríbdis
Monstro marinho protetor do mar. Era uma ninfa que foi lançada ao mar por Zeus após atacar  Héracles quando ele pretendia roubar os bois de Gerião que estavam em um de seus 12 trabalhos. Foi transformada num redemoinho por seu pai, Poseidon. Protegia os mares juntamente com Scylla. Era mais conhecida por lendas de marinheiros e pescadores do que pela própria mitologia grega.

Scylla
Monstro marinho protetor do mar. Era uma bela ninfa que foi transformada em monstro por Glauco (um ser marinho que se apaixonou por ela). Sua cintura tinha cabeças enormes de cães e uma ninhada de serpentes. Na cauda ela tinha escamas ásperas e espinhos venenosos. Protegia as águas juntamente com o redemoinho Caríbdis e devorou seis dos companheiros de 
Ulisses durante sua viagem conhecida como a Odisséia. Ultrapassar Cila e Caríbdis
simbolizava a coragem para ultrapassar qualquer dificuldade.

Helíades
Eram filhas de Hélio (deus do Sol) e de Clímene (ninfa). Dizem que eram três, Lampécia, Faetusa e Febe. Alguns relatos acrescentam Mérope, Hélie, Etéria e Dioxipe.
Eram as pastoras dos rebanhos do pai. Porém, a morte do irmão Faetonte, fulminado por Zeus, encheu-as de tão grande dor que choraram quatro meses sem interrupção. Então os deuses as transformaram em choupos-negros e suas lágrimas em gotas de âmbar – que endurecidas tornavam-se uma joia dourada . Uma variante do mito diz que a metamorfose foi feita por terem emprestado ao irmão o carro do Sol sem permissão de seu pai, o que quase provocou uma catástrofe. 

Plêiades (Atlântidas)
(Ilustração produzida por Thayná - 6ºV/2014)
Filhas de Pleione e Atlas, eram sete: Maia, Electra, Taígete, Steropo, Mérope, Celeno e Alcíone. Elas foram perseguidas por Órion que estava fascinado por sua beleza e apaixonado por Mérope. Como todas elas tinham feito voto de castidade por ordem de seu pai, Atlas, ele não permitiu o romance e preferiu viver longe das filhas transformando-as em constelações. Representavam o desejo dos pais de que os filhos sigam o caminho que eles acreditam ser o melhor. Eram conhecidas como "as irmãs que choram" e anunciavam um tempo bom e agradável quando surgiam  (22 de abril a 10 de maio), mas quando se punham anunciavam mau tempo, (20 de outubro a 11 de novembro).

Parcas (Moiras)
(Ilustração produzida por Eloísa R. Melo - 6ºIV/2014)
Eram três irmãs que determinavam o destino dos deuses e dos seres humanos. Eram responsáveis por fabricar, tecer e cortar o fio da vida de todos os indivíduos. Durante o trabalho, as moiras faziam uso de um tear conhecido como Roda da Fortuna. As voltas da roda posicionavam o fio do indivíduo em sua parte mais privilegiada (o topo) ou em sua parte menos desejável (o fundo). Elas explicavam os períodos de boa ou má sorte, os quais ninguém poderia mudar.

Erínias (Fúrias) (Eumênides) (Benevolentes)
Nasceram das gotas do sangue de Urano que caíram sobre Gaia quando ele foi castrado por Cronos. Possuíam asas de morcego e cabelos de serpente. Eram a vingança que punia os mortais, especialmente os que cometiam crimes de sangue. Viviam nas profundezas do submundo aonde torturavam as almas pecadoras julgadas por Hades e Perséfone. Chamavam-se: Tisífone (Castigo), Megera (Rancor) e Alecto (Interminável).

Harpias
Eram aves de rapina com rosto e seios de mulher. Foram enviadas para roubar a comida de um rei cego da Trácia, Fineu. Simbolizavam as importunações dos vícios, as provocações da maldade, as paixões obsessivas e o remorso. Procuravam sempre raptar o corpo dos mortos, para fazer amor. Eram filhas de Taumas e Electra, chamavam-se: Aelo (a borrasca), Ocípete (a rápida no voo) e Celeno (a escura).

Mênades (Bacantes) (Tíades) (Bassáridas)
Eram mulheres seguidoras de Dionísio, conhecidas como selvagens e doidas. Durante o culto, dançavam de uma maneira muito livre como as forças mais primitivas da natureza. Os mistérios que envolviam o Deus provocavam nelas um prazer que as levava a violência, derramamento de sangue, sexo, embriaguez e autoflagelação. Revelavam que o ser humano que não aprende a conviver com sua realidade acaba por se perder na loucura.

Lâmia
(Ilustração produzida por Gabriela de Sá - 6ºIV/2014)
Rainha da Líbia, filha de Poseidon e amante de Zeus. Hera (mulher de Zeus) a transformou em um monstro de olhos infecháveis para ver seus filhos com Zeus sendo assassinados. Zeus deu-lhe o dom de poder extrair os olhos de vez em quando para descansar. Alguns acreditavam que Lâmia foi esconder-se em uma caverna e se transformou em um monstro pelo próprio desespero. Ela sentia inveja das outras mães e vagava noite e dia procurando crianças para devorar. Lâmia era usada para assustar as crianças.

Esfinge
Leão alado com cabeça de mulher. Hera ou Ares mandaram a esfinge de sua casa para Tebas para perguntar a todos: Decifra-me ou devoro-te,que criatura pela manhã tem quatro pés, ao meio-dia tem dois, e à tarde tem três? Ela estrangulava quem errasse a resposta. Édipo resolveu o quebra-cabeça: O homem engatinha como bebê, anda sobre dois pés na idade adulta, e usa uma bengala quando é ancião. Furiosa com a resposta, a esfinge teria cometido suicídio, atirando-se de um precipício.

Fênix
(Ilustração produzida por Thuani K. Wilirich - 6ºIV/2014)
Uma crença do Egito que foi transmitido para os gregos. Era conhecida por sua intensa força. Suas penas eram douradas e vermelhas com matizes roxos. Seu canto era extremamente doce, ganhando tons de intensa tristeza com a proximidade da morte. Ao morrer, este pássaro era devorado pelas chamas, ressurgindo delas uma nova Fênix, a qual juntava as cinzas de seu antecessor. Simbolizava o Sol, que ao final de cada tarde morre, renascendo a cada manhã.

3) As Divindades Masculinas
Geralmente eram relacionadas á força, inteligência, rapidez, orgulho e poderes mágicos.

Leão de Neméia
Era um leão que vivia no fundo de uma caverna e devorava os habitantes ao sair de lá. Foi concebido por Selene, uma feiticeira que queria vingar-se dos habitantes da cidade de Neméia por terem lhe expulsado do local. A pele do leão era impenetrável. Foi o primeiro trabalho de Héracles que o matou sufocado. Simbolizava os momentos infantis em que deixamos as opiniões dos outros de lado demonstrando nossa dificuldade de lidar com conselhos, frustração e raiva contida. Somente quando deixarmos a pele (orgulho) de lado e dominarmos nossa fera interior, é que conseguiremos vencer nossos obstáculos.

Grifos
Eram animais com corpo de leão e cabeça e asas de águia. Construíam ninhos e botavam ovos de ouro, por isso faziam de tudo para manter os ladrões a distância.. Tinham garras tão grandes que os indianos afirmavam que faziam taças com elas. O instinto dos grifos apontava aonde havia tesouros escondidos. Fazem parte das crenças de vários povos diferentes.

Hipogrifos
(Ilustração produzida por Alisson da Silva - 7ºIII/2014)
Como grifos, eles tinham cabeça  e asas de águia e patas com garras, mas o resto do seu corpo era de cavalo. Viviam em florestas e gostavam de ficar sozinhos, principalmente quando estavam comendo carne. Eram muito orgulhosos e para se aproximar
deles era necessário fazer uma reverência abaixando-se para ganhar a
sua confiança e tentar montá-lo.

Hipocampos
Animais marinhos, metade cavalo e metade peixe. Puxavam a carruagem do deus Poseidon e serviam de montaria pras belas ninfas. Foram criados pelo Deus do Mar a partir das espumas marinhas.

Pégaso
(Ilustração produzida por Alisson da Silva - 7ºIII/2014)
Cavalo com asas nascido do sangue de Medusa ao pingar nas espumas do mar de Poseidon quando ela foi decapitada por Perseu. Era símbolo da imortalidade e serviu de montaria para diversos heróis gregos. Existiam duas teorias pro seu desaparecimento, a de que Zeus permitiu que voasse cada vez mais alto até virar a constelação de Pégasus, e também a de que morreu picado por um escorpião enviado por Zeus para castigar seu dono, o herói Belerofonte.

Unicórnio
(Ilustração produzida por Lyandra Batista - 7ºIII/2014)
Era um cavalo, geralmente branco quando adulto, com um único chifre em espiral de 45 cm de comprimento que possuía poderes mágicos de cura. Sua imagem era associada á pureza, força e velocidade. Somente donzelas teriam o poder de domá-los. Sua origem seria indiana, mas sua presença é notada na mitologia de muitos povos.

Minotauro
(Ilustração produzida por Lucas de Oliveira Schuch - 6ºIV/2014)
Era um ser com cabeça e cauda de touro, mas com corpo de homem. Nasceu da relação entre a rainha de Creta e um touro enviado por Poseidon para ser assassinado por Minos caso pretendesse ser eleito como rei de Creta. Atena, ao perder um filho numa guerra contra Minos, passou a oferecer 7 moços e 7 moças por ano como comida para o monstro do labirinto até ele ser morto por Teseu. Era utilizado em histórias infantis para ensinar o cumprimento de todas as vontades dos deuses.

Centauros
(Ilustração produzida por Kevin F. J. da Silva - 6ºI/2014)
Seres com o tronco e cabeça humanas e o corpo de cavalo.Viviam nas montanhas de Tessália e repartiam-se em duas famílias: os filhos de Íxion e Nefele que simbolizavam a força bruta, insensata e cega; e os filhos de Filira e Cronos que representavam o contrário, a força aliada à bondade, a serviço dos bons combates, como Quíron. Representavam a eterna luta entre instinto e razão humanas.

Sátiros (Faunos)
(Ilustração produzida por Alisson da Silva - 7ºIII/2014)
Eram divindades dos bosques e montanhas, representados como homens-bodes. Gostavam de festas e bebedeiras, tocavam flauta para despertar o sono infantil e perseguiam as ninfas. Representavam o grande desejo sexual masculino e a importância dos pais nos momentos de colocar seus filhos para dormir e protegê-los de todos os perigos .

4) Os Gigantes
Os Gigantes simbolizavam as forças nascidas da Terra: o gigantismo material e a pobreza espiritual. Não podiam ser vencidos, a não ser pela junção das forças de um Deus e de um mortal. Representavam tudo que o homem teria que vencer para melhorar sua personalidade, evoluir para uma espiritualização progressiva. Os gigantes, filhos de Gaia, tentaram derrubar Zeus e os demais deuses do Olimpo, mas sem sucesso:

Tifão
O pai dos Monstros era filho de Gaia e Tártaro, tinha cem cabeças de serpente, era tão alto que alcançava as estrelas e com seus imensos braços podia abraçar o mundo. Quase destruiu os deuses olímpicos, inclusive chegou a arrancar os músculos e tendões de Zeus. Hermes e Pã conseguiram resgatar os pedaços do deus supremo e reconstruíram seu corpo, então Zeus soterrou Tifão numa montanha. Representava o declínio e a ambição dos humanos.

Encélado
Era um dos quatro gigantes nascidos de Gaia, portanto era irmão do  gigante mais poderoso da mitologia grega, Tifão. Era conhecido como o senhor do gelo e rosnador. Por serem máquinas de guerra construídas para destronar Zeus, Encélado e Tífon, lutaram contra Zeus e Atena em uma batalha sangrenta que culminou na queda dos últimos gigantes. Nessa batalha foi vencido por Atena e aprisionado no monte Etna juntamente com seu irmão.

Alcioneu
Era um dos gigantes, filho de Gaia (a Terra) e de Urano (o Céu). Alcioneu tinha uma força terrível e era imortal em sua terra natal. Foi morto por Hércules quando atacava sua comitiva após o décimo trabalho, o roubo do gado de Gerião.

Porfírio
 Era um gigante filho de Gaia e Tártaro. Ele raptou Hera induzido por Zeus e isso foi o estopim para a batalha contra os deuses chamada de gigantomaquia. Na batalha, Zeus fê-lo desejar Hera, arrancar suas roupas e tentar estuprá-la, foi uma desculpa para Zeus derrubá-lo por um raio e obter ajuda de uma flechada de Héracles para matá-lo. Ele e Alcioneu eram dois gigantes poderosos gerados por Gaia que, irritada por Zeus ter prendido os titãs no tártaro, resolveu destronar o deus olímpico usando a força de seus filhos.

Argos Panoptes
Era um monstro de cem olhos que agia como fiel servo de Hera liquidando quem ela determinasse. Foi ele quem matou Équidna enquanto ela dormia e vigiava com seus olhos que nunca dormiam Io (a amante de Zeus que foi transformada em novilha). Hermes, a manda de Zeus, fez Argos dormir e matou-o. Quando Argos morreu, Hera o transformou em um lindo pavão. Assim, as penas do pavão são marcadas pelos olhos de Argos, em reconhecimento por suas grandes tarefas cumpridas.

Gerião
Era filho de Crisaor e Callirrhoe, neto de Medusa. Era um gigante monstruoso de três cabeças , seu corpo era triplo até os quadris, com seis braços e seis asas. Mas existem diferentes versões sobre sua forma física.Seu imenso rebanho de bois vermelhos era guardado pelo pastor Eurítion e pelo monstruoso cão Ortro, de duas cabeças.

Aloídas
Eram dois gigantes fortes e agressivos,  filhos de Poseidon e Tétis. Os gêmeos se chamavam Oto e Efialtes e cresciam cerca de 50 cm em largura e 150 cm em altura por ano.
Aos nove anos, com 13 metros de altura e 4,5 de largura, eles decidiram fazer guerra aos deuses. Para isso, colocaram o monte Ossa sobre o monte Olimpo, e o monte Pélion em cima dos outros dois, ameaçando escalar o céu para alcançar os deuses.

Hecatônquiros (Centimanos)
Eram filhos de Urano e Gaia, irmãos dos titãs e dos ciclópes. Possuíam cem braços e cinquenta cabeças. Foram libertos do ventre de Gaia por Cronos que, após assumir o poder entre os deuses, trancou os hecatônquiros no tártaro. Zeus (filho de Cronos) lutou contra seu pai com a ajuda de sua mãe e assumiu o reinado dos deuses. Nessa guerra contra Cronos e os outros titãs, Zeus libertou os hecatônquiros para ajudá-lo na luta. Por possuírem tantos braços, eram hábeis no arremesso de pedras, atirando tantas delas que os Titãs acabaram acreditando que a montanha por onde passavam estava desabando.

Ciclópes
(Ilustração produzida por Tiago Beraldo - 6ºV/2014)
Eram três gigantes (ou mais) com um  olho só no meio da testaEles trabalhavam com Hefesto como ferreiros fabricando os raios usados por Zeus. Eles aparecem em muitos mitos da Grécia, porém com uma origem bastante controversa. Esses seres são organizados em três classes: os urânios (filhos de Urano e Gaia), os sicilianos (filhos de Poseidon com divindades da natureza como Ninfas) e os construtores vindos da Lícia.  Provavelmente seriam responsáveis pela construção de grandes monumentos de pedra da pré-história, cujo transporte desafiava as forças humanas da época. 

5) Os Heróis
Eram humanos com poderes especiais. A maioria dos heróis era imortal por serem filhos dos deuses com mortais. Eles lutavam contra os deuses ou ajudavam-nos a interferir no destino dos seres humanos.

Héracles
Chamado de Hércules pelos romanos. Era o herói grego mais famoso, filho da mortal Alcmena com Zeus e criado pelo centauro Quíron. Seu poder era uma força incrível e com ela realizou uma das mais famosas histórias da mitologia grega: os doze trabalhos de Hércules que lhes foram impostos por seu próprio pai para que fosse perdoado por ter assassinado sua esposa após um momento de loucura que sua madrasta Hera lhe lançou.

Perseu
Era filho de Zeus com a mortal Danae. Seus poderes eram a coragem e a ousadia extremas. Tinha um capacete da invisibilidade e sandálias que o faziam voar. Seria o responsável pela morte da medusa.

Teseu
Não era filho de nenhum Deus, mas sim de Egeu (rei de Atenas). Aos dezesseis anos descobriu sua verdadeira identidade e decidiu ir para Atenas exigir o trono de seu pai que não havia lhe reconhecido como filho. Durante sua jornada para assumir o trono, enfrentou monstros como o Minotauro.

Deucalião
Não realizou nenhum feito heroico, mas, durante um alagamento mundial, ele e sua mulher foram os únicos sobreviventes. Isso só foi possível porque seu pai, Prometeu, avisou sobre o dilúvio e mandou eles construírem uma arca.

Belerofonte
Filho de Glauco ou Poseidon, dono de Pégaso (o cavalo voador). Ele matou a quimera e realizou vários feitos, então se julgou  digno o bastante para visitar o Olimpo. Zeus ficou ofendido e mandou um escorpião para matar Pégaso. Belerofonte morreu como mendigo procurando seu cavalo.

Jasão
Filho de Esão com Alcímede ou Polímede, criado pelo centauro Quíron. Foi líder dos argonautas guiando os heróis que viajaram pelo mundo atrás do Velocino de Ouro (lã de ouro do carneiro alado).

Orfeu
Filho de Calíope e Apolo, herdou o dom da música de seu pai. Participou da expedição dos argonautas e também foi um dos dois mortais que viajaram pelo reino dos mortos e voltaram vivos. Orfeu tinha perdido a mulher, então resolveu ir ao submundo buscá-la. Ele conseguiu voltar vivo porque acalmou as ameaças do caminho com sua bela música.

Pólux e Castor (Dióscuros)
Filhos gêmeos de Leda com pais diferentes. Pólux era filho de Zeus e imortal, já Castor era mortal por ser filho de Tíndaro. após a morte de Castor, Pólux pediu a seu pai que deixasse seu irmão ser imortal também. Mas Zeus não podia convencer Hades (o deus dos mortos) a trazer Castor de volta, então ficou decidido que os dois irmãos passariam metade do ano no Subterrâneo, e outra metade no Olimpo. Existe outra versão na qual Zeus transformava Castor e Pólux na constelação de Gêmeos. Eram lembrados como cavaleiros inseparáveis na busca de vitórias em batalhas e naufrágios. Simbolizavam a fidelidade entre irmãos.

Odisseu
Chamado de Ulisses pelos romanos. Filho de Anticléia com Laertes, rei de
Ítaca. Foi ele quem teve a ideia do cavalo de Tróia. Durante sua Odisséia de volta pra casa, Poseidon tentou matá-lo, mas ele conseguiu atravessar  o oceano inteiro até chegar em sua ilha natal, mas assim que chegou em casa acabou sendo morto por um de seus filhos como já era previsto em alguns rumores.

Aquiles
(Ilustração produzida por Ravel C. de Vargas - 6ºIV/2014)
Filho de Tétis e Peleu, foi banhado por sua mãe no Rio Estinge que dava 7 voltas no inferno para receber inteligência, força, habilidade e imortalidade. Uma profecia condenava Aquiles a morrer jovem no campo de batalha, por isso seu pai o criou como se fosse uma menina na Corte Licomedes, na ilha de Ciros. Odisseu sabia que somente com a ajuda de Aquiles venceria a guerra contra Tróia e por isso solicitou sua ajuda. O único ponto fraco do herói era o calcanhar que foi acertado por Paris numa flechada certeira.

6) Os Deuses
Habitavam o topo do Monte Olimpo de onde comandavam o trabalho e as relações dos seres humanos. Eram imortais e gigantes, porém possuíam aparência e características de seres humanos, como ciúmes, inveja, violência, etc. Muitas vezes, apaixonavam-se por mortais e acabavam tendo filhos com eles chamados de semi-deuses ou heróis.

Zeus
(Ilustração produzida por Pedro Henrique dos Santos Gomes - 6ºI/2014)
O principal deus do Olimpo, considerado o juiz dos deuses, o furioso e justo. Sua importância veio do fato de que foi ele quem libertou os demais irmãos de dentro da barriga de seu pai, o titã Cronos, que os engolia para evitar que conseguissem se tornar mais poderosos do que ele.

Hera
Esposa de Zeus, considerada a protetora das famílias.

Poseidon
Irmão de Zeus, considerado o deus protetor das águas, do mar.

Demeter
(Ilustração produzida por Anelize Cunha - 6ºII/2014)
Considerada a deusa da fertilidade, da natureza e da gravidez.

Afrodite
Considerada a deusa da beleza e do amor.

Ártemis
Considerada a deusa da caça.

Apolo
Considerado o deus da música, dos oráculos e dos sonhos.

Atena
Considerada a deusa da sabedoria, da guerra e da paz.

Hefesto
Irmão de Zeus e de Poseidon, considerado o deus da metalurgia. Era ele quem fabricava as armas dos demais deuses.

Ares
Considerado o deus da guerra.

Dionísio
Considerado o deus da festa, do vinho, do teatro e da diversão.

Hades
Irmão de Zeus, de Poseidon e de Hefesto, considerado o deus protetor do mundo subterrâneo, das profundezas e das criaturas perigosas.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Exposição: Os Navios Negreiros

(Acervo pessoal)

A exposição foi realizada no pátio da E.E.B. Alice da Silva Gomes durante o mês de agosto do ano de 2014. O acervo foi produzido pelos alunos dos sétimos anos após seus estudos sobre a viagem dos navios negreiros (tumbeiros) até o Brasil.

Cada dupla deveria reproduzir, em desenho ou poesia, todo o sofrimento dos africanos quando se deparavam com a realidade dentro das caravelas. Os alunos estavam livres para escolher o que preferiam retratar, a alimentação, as agressões, os abusos, as doenças, etc.

Clique nas imagens para ampliá-las e conferir como os escravos brasileiros eram tratados durante os dois meses de viagem que suportavam até alcançarem as terras brasileiras aonde seriam vendidos como mercadoria e lançados numa vida de escravidão e humilhação completa:

(Acervo pessoal)  
(Acervo pessoal)  
(Acervo pessoal)
(Navio negreiro por Michele e Natasha - 7ºV/2014)
(Navio negreiro por David e Saionara - 7ºI/2014)
(Navio negreiro por Matheus Hames e Samael - 7ºIII/2014)




terça-feira, 2 de setembro de 2014

Os instrumentos de tortura utilizados para disciplinar e amedrontar escravos negros

Os primeiros escravos negros foram trazidos para o Brasil por volta de 1540, desse ano em diante nosso país foi palco de uma série de agressões, castigos e humilhações que tinham a finalidade de reforçar o poder dos senhores portugueses afim de disciplinar seus cativos africanos.

Todo esse horror se perpetuou até 1888 quando a Lei Áurea foi assinada pela princesa Izabel colocando um fim definitivo na escravidão negra, mas é importante lembrar que essa lei demorou a ser conhecida e respeitada em todo o país, portanto, até isso ocorrer, os negros que viviam no solo brasileiro tiveram de suportar diversos instrumentos de punição que surpreendiam até a mente mais criativa e má que se possa ter ideia.

Alguns instrumentos foram herdados ou adaptados da Idade Medieval, sobretudo dos tribunais da Inquisição Católica. Entretanto, muitos foram inventados somente para torturar a massa escrava. Conheça os mais comuns:

Caixinha para as mãos
(Desenho de Ezequiel dos Santos  e Luã Mateus Garcia - 7ºanoII/2014)
A caixinha para as mãos era usada como punição aos furtos leves praticados por domésticos. Também foi empregada como meio de punição pelos tribunais do século XVIII, para penalizar pequenos furtos. Prendendo geralmente a mão direita, esta era ferida com pregos. Além das dores do momento, o condenado ficava com a mão inutilizada. Depois era liberado. A marca nas mãos podia servir de exemplo para outros ladrões.

Cinto de castidade

(Desenho de Alam Vitor Mafra e Alexandre de Oliveira Iparraguirre - 7ºanoIV/2014)

O cinto de castidade masculino é menos famosos do que o feminino, e era usado por servos que serviam nos castelos. Servia para impedir estupros, os quais podiam ter, como alvo, não só as mulheres em geral, moradoras dos castelos, como também as esposas dos senhores feudais. Foi muito usado na baixa Idade Média, época da decadência da nobreza, na Itália, França e Península Ibérica. Mais tarde foi adaptado para preservar o gozo de escravos reprodutores, cuja função era fazer filhos para servirem nas fazendas brasileiras.

Algemas
(Desenho de Igor Pegoraro e Jean Carlos Fandaruff - 7ºanoII/2014)
As algemas, da época dos antigos egípcios, eram instrumentos utilizados para agrilhoar escravos e condenados. As de madeira serviam para a transferência de prisioneiros, impedindo, assim, que fugissem. As de ferro, além do uso acima, eram também utilizadas para pendurar as vítimas nos muros das prisões, criando condições de imobilidade que levavam, muitas vezes, à loucura.

Berlinda
(Desenho de Gabriel de Oliveira Iparraguirre - 7ºanoIV/2014)
A berlinda existia nos locais de mercado e feiras, ou na entrada das cidades. Era um instrumento considerado obrigatório na Idade Média, em quase todas as regiões da Europa. Este e outros instrumentos, fazem parte de uma série de punições corporais, que deviam constituir um exemplo para os outros. Era reservada aos mentirosos, ladrões, beberrões e às mulheres briguentas. Era um castigo considerado leve, mas quase sempre a pena virava suplício e tortura quando a vítima (pescoço e braços imobilizados na trave) levava comumente tapas e/ou era insultada pelo povo. Mais tarde foi adaptada e usada nas fazendas brasileiras para castigar e imobilizar escravos considerados fujões.

Cepo
(Desenho de Leandro Varela Soares e Leonardo Sabino - 7ºano V/2014)
Tronco grosso de madeira que o escravo carregava à cabeça preso por uma longa corrente e uma argola que trazia no tornozelo.

Açoite
(Desenho de Arthur Pereira Silveira - 7ºano V/2014)
O açoite (chicote) é um castigo conhecido e utilizado desde os tempos mais remotos. No período medieval, era reservado principalmente aos vagabundos e mendicantes, mas não eram excluídas as mulheres infiéis ou consideradas despudoradas que sofriam a ira de chicotes em formato de estrela ou do chamado “gato de nove rabos” que servia para tirar a pele das costas e do abdômen, para aumentar o seu efeito, as cordas eram banhadas em uma solução de salmoura. Aqui no Brasil, os chicotes chegaram no século XVI e se tornaram o castigo mais comum contra escravos negros, existiam dois modelos,de varinha ou de cinco fitas couro com vários nós em sua extensão. Era utilizado para punir pequenas faltas ou acelerar o ritmo de trabalho. Segundo a lei brasileira, qualquer escravo poderia receber até 700 chicotadas por dia em suas costas.

Cinto de contenção
(Desenho de Eduardo Pizoni e Luiz Henrique Lacerda Marchi - 7ºano I/2014)
Cinto de ferro que prendia as mãos na lateral do corpo e geralmente tinha agulhas pontiagudas por dentro. O preso era submetido a torturas ou deixado para morrer de frio, fome, sede ou atrofia. No caso dos escravos brasileiros, era usado para castigar, e não para matar, pois o negro deveria sofrer até não suportar mais, servindo de exemplo para os outros cativos.

Tronco
(Desenho de Eduardo da Silva e Juliano Cezar Lima da Silva - 7ºano II/2014)
Instrumento de tortura e humilhação feito de madeira com dois blocos perfurados. Nele os escravos permaneciam deitados presos pelos pés e mãos, ou pelos pés e pescoço. Alí ficavam paralisados e indefesos aos ataques de insetos e ratos, com contato com sua urina e fezes isolado num barracão até o seu senhor resolver soltá-lo.

Máscara de Flandres
(Desenho de Adrian Contesini Bunn e Deivid Maier Ferreira - 7ºano I/2014)
Era usada para punir roubo de alimentos, alcoolismo, ingestão de terra ou na mineração de diamante quando o escravo tentava roubar algumas pedras. As máscaras podiam cobrir todo o rosto ou só a boca. 

Anjinhos
(Desenho de Sinezio Octaviano Dadam Neto - 7ºanoII/2014)
Eram instrumentos que prendiam os dedos polegares das vitimas em dois anéis que eram espremidos gradualmente por uma chave ou parafuso.

Ferro de marcar
(Desenho de Cátia Schuck de Lima e Gabriella Marques Dama - 7ºano IV/2014)
Instrumento de ferro colocado na brasa para marcar escravos acusados de tentativas de fugas. Geralmente tinha o formato da inicial do dono do escravo ou a letra F de fujão.


Cegonha
(Desenho de Pablo Yan Correia e Victor Pereira Padilha- 7ºano V/2014)
Instrumento de tortura do século XVI, era uma espécie de algema ou grilhão que quase unia os pés e as mãos do torturado, impedindo qualquer movimento. Provocava, depois de poucos minutos, fortes câimbras, primeiro nos músculos retais e abdominais, depois nos peitorais, cervicais e nas extremidades do corpo.

Viramundo
(Desenho de Deivid Lucca da Silva e Maéli da Silva Vitorino - 7ºano V/2014)
Um instrumento de ferro que se abre em duas metades e se fecha por intermédio de um parafuso. Há nele buracos grandes e pequenos para os pés e para as mãos que são presos inversamente, ou seja: mão direita com pé esquerdo, mão esquerda com pé direito.

Pelourinho
(Desenho de Illana Alcantara da Silva e Paula Martha Cunha - 7ºano I/2014)
Nas cidades, os castigos de açoites eram feitos publicamente nos pelourinhos: colunas de pedra em praça pública, velha tradição romana. Na parte superior, estas colunas tinham pontas recurvadas de ferro aonde se prendiam os condenados à forca. Mas o pelourinho não servia somente para a forca, nele também eram amarrados os infelizes escravos condenados à pena dos açoites. O espetáculo era anunciado publicamente pelos rufos do tambor e grande multidão reunia-se na praça do pelourinho para assistir o escravo ser chicoteado. A multidão excitava e aplaudia, enquanto o chicote abria estrias de sangue na coluna nua do negro escravo.

Gargalheira
(Desenho de Amanda Soares Coelho e Samyra Eduarda Pereira - 7ºano I/2014)
Espécie de coleira colocada no pescoço de escravos para chamar a atenção mostrando que ele havia cometido algum erro.
Palmatória
(Desenho de Camila Otto da Silva e Mônica Sabrina da Silva - 7ºano IV/2014)
A palmatória, também chamada férula, é um artefato de madeira formado por um círculo com cabo. É um instrumento antigo que era usado em escravos ou alunos indisciplinados, golpeando-os na palma das mãos. Algumas palmatórias podiam conter furos no círculo, para vencer a resistência do ar e aumentar a velocidade do golpe, ou espinhos e pregos para machucar ainda mais a pele. Antigamente no Brasil, nas festas de formatura, era costume os alunos presentearem seus professores com palmatórias, como sinal de submissão à autoridade.

Pau de arara
(Desenho de Iasmim Maria Ceccato e Liriel Souza Miranda - 7ºanoII/2014)
O pau de arara é um método de tortura que foi muito utilizado no período da ditadura militar, mas existia desde o tempo da escravidão brasileira. É uma barra de ferro que é atravessada entre os punhos amarrados e a dobra do joelho, deixando o corpo do torturado pendurado a cerca de 20 ou 30 centímetros do chão. Nessa posição que causa dores terríveis, o escravo ainda sofria pancadas por todo o corpo.